Diálogo permanente com o setor da saúde e qualificação contínua do atendimento à população. Esses foram os objetivos da reunião do prefeito eleito de Porto Alegre, Sebastião Melo, e do vice, Ricardo Gomes, com o SINDIHOSPA (Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre), nesta quarta-feira (16). Em formato híbrido, o encontro reuniu representantes das instituições da capital, que apresentaram um panorama da área e sugestões para a rede assistencial.
A pandemia foi um dos principais tópicos da reunião. Os hospitais descreveram o trabalho conduzido ao longo de 2020 no combate à Covid-19 — e indicaram que o sistema deve ter uma pressão, pelo menos, até o final de janeiro, com o avanço dos casos. As instituições reiteraram que a população deve reforçar os cuidados para evitar um agravamento da situação.
Melo destacou que não pretende fechar a cidade, mas que agirá com equilíbrio e responsabilidade. “A pandemia nos trouxe muitas dores, mas também escancarou muitas coisas, como a necessidade de mais tecnologia para o setor”, afirmou o prefeito eleito.
O presidente do SINDIHOSPA, Henri Siegert Chazan, salientou que o setor está à disposição para contribuir com a cidade. “Temos mais de 20 comitês técnicos. Esse espaço de escuta do poder público é importante para termos uma cooperação e avançarmos juntos na melhoria contínua da saúde de Porto Alegre”, afirmou.
Os membros do Conselho de Administração do Sindicato trouxeram ainda sugestões para qualificar o sistema, como a necessidade de menor burocracia e ajustes na regulação da saúde. Coordenador do Núcleo de Residenciais Geriátricos — Moderna Idade, Marcos Cunha manifestou também a preocupação com a judicialização da compra de vagas em ILPIs (Instituições de Longa Permanência para Idosos).
O vice-prefeito eleito, Ricardo Gomes, ressaltou que o setor de saúde responde por cerca de 6% do PIB (Produto Interno Bruto) de Porto Alegre. “É importante potencializarmos a capital como um polo de saúde”, disse, enfatizando ainda a preocupação com o acúmulo dos efeitos das restrições na capital. “A cidade está com uma situação econômica periclitante”.