Após o sucesso em duas edições em Porto Alegre, foi realizado nesta sexta-feira (25), em São Paulo, o terceiro workshop Novos caminhos da saúde, organizado pela Agenda Executiva em Saúde e pelo SINDIHOSPA (Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre). Mais de 200 pessoas, entre gestores e líderes do setor, estiveram presentes no anfiteatro da Totvs, para uma importante reflexão sobre os caminhos da gestão no sistema de saúde em busca de maior eficiência em tempos tão desafiadores.

“Estamos discutindo gestão na prática e fortalecendo que o maior investimento que as organizações podem fazer, neste momento, é na formação e no desenvolvimento das suas equipes e lideranças”, disse Fernando Torelly, idealizador da Agenda Executiva, ao abrir os trabalhos.

E a gestão de pessoas foi um dos pontos altos do encontro. Katia Magni, diretora da 3UP Talentos, falou sobre a alta performance. “A gente pode acreditar que a performance está no processo ou na gestão dos recursos, mas na verdade está nas pessoas”, informando que menos de 50% das empresas investem em saúde mental. Luiz Fernando Lucas, CEO da Escola da Integridade, no painel seguinte, derrubou o mito de que vida pessoal e profissional são áreas diferentes: “pessoas com alta performance, sem um bom estado emocional, são pessoas depressivas, ansiosas ou com burnout”. Torelly ainda complementou que pessoas motivadas e satisfeitas melhoram o resultado das companhias. “Portanto, se você quer melhorar seu Ebitda, cuide das pessoas da sua equipe”, aconselha.

Em uma reflexão sobre os desafios da área da saúde, o diretor médico da bp – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Renato Vieira, trouxe um questionamento: “por que os investimentos em saúde não conseguem impactar a expectativa de vida?”. A pergunta serviu para apresentar novos caminhos que precisam de recursos como a equidade no atendimento, a inteligência artificial, biotechs, monitoramento remoto, entre outras tecnologias.

Luiz Tizatto, da Rede Relief e especializado em administração hospitalar, acrescentou que não é preciso investir tanto em saúde mas, na verdade, integrar tudo o que já temos, referindo-se à falta de coordenação no sistema de saúde suplementar. Já o presidente do Grupo DOC, José Floriani, fechou o painel apresentando um modelo de gestão médica compartilhada que conseguiu dobrar a capacidade de atendimento.

O encontro abordou ainda a transformação digital, tecnologia e inovação nos serviços de saúde, com as presenças de Lilian Hoffmann, CIO da bp – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Klaiton Simão, CIO do Hospital Sabará, Fabio de Cerqueira Lario – CMIO do Hospital Sírio Libanês, e Marcelo Victor Alves Ferreira, gerente de TI da Rede Santa Catarina. E finalizou com um painel sobre a gestão de suprimentos com João Fábio Bianchi Garcia Silva, diretor de Supply Chain do Hospital Care, e Júlio Vieira, diretor comercial, Supply Chain e Facilities do hcor.