Passados quatro meses do início das enchentes no Rio Grande do Sul, o estado e Porto Alegre seguem em seu esforço de recuperação após os impactos em diversas áreas. Uma delas foi a saúde, bastante afetada na capital gaúcha. O cenário do setor e o trabalho para a retomada plena dos serviços foram apresentados, nesta terça-feira (27), pelo secretário municipal da Saúde, Fernando Ritter, durante o “Tratando de Saúde”.
O evento reuniu dezenas de associados do SINDIHOSPA (Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre) e representantes do segmento no Hotel Plaza São Rafael. Ritter fez um balanço dos efeitos da enchente no sistema de saúde da cidade, bem como o que está sendo feito para recuperar as estruturas afetadas.
“Quando nós, Ministério da Saúde, governo do Estado, municípios, instituições e trabalhadores atuamos juntos, conseguimos superar essas dificuldades. Porto Alegre é forte, grande e vai sair dessa muito melhor”, disse o secretário, que destacou o envolvimento do Sindicato e dos hospitais em todo o processo de retomada. Ritter apontou que, até o momento, 14 unidades de saúde da cidade ainda não foram reabertas.
Durante o encontro, o secretário também fez um balanço do trabalho desenvolvido pela pasta nos últimos anos. Destaque para o programa Agiliza Saúde, que vem reduzindo as filas de consultas, exames e cirurgias, e os projetos para expansão do Hospital de Pronto-Socorro e construção do novo prédio do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas.
Diálogo com o setor
O evento também foi oportunidade para que associados e representantes das instituições questionassem o secretário sobre as políticas desenvolvidas pelo município. Desospitalização, enfrentamento da superlotação das emergências, o papel dos residenciais geriátricos e o turismo de saúde foram algumas das questões discutidas.
O secretário citou quatro das principais dores a serem enfrentadas na saúde da capital: a lotação das emergências, as filas para consultas especializadas, a saúde mental e o atendimento de pessoas com autismo. Ritter enfatizou também a necessidade de que as instituições da região Metropolitana sejam capazes de absorver suas demandas, que hoje acabam sobrecarregando Porto Alegre.
“Foi uma atividade muito produtiva. Esse diálogo é essencial para que possamos qualificar continuamente o atendimento na capital. Somos parceiros e estamos juntos para a construção, com o poder público, de uma saúde melhor em Porto Alegre”, disse o presidente do Sindicato, Henri Siegert Chazan.