Artigo publicado no Correio do Povo de 14/04/2021.
A pandemia da Covid-19 trouxe várias incertezas sobre nosso futuro. Quando a crise sanitária terá fim? Voltaremos a um estado de normalidade? Perguntas ainda sem respostas. Mas, nem por isso, podemos deixar de olhar para o amanhã. E independentemente de como será lá na frente, temos de estar prontos para uma série de mudanças que estão em andamento.
É o caso do envelhecimento da população. Dados do IBGE indicam que, em 2030, o número de brasileiros com 60 anos ou mais será superior ao de jovens entre zero e 14 anos. Cenário que exige atenção especial da sociedade e dos governos para oferecer serviços e políticas públicas de qualidade à população idosa.
São muitos os desafios: cuidado com a saúde, moradias customizadas, ações de assistência social e integração tecnológica, entre outros. Há, também, as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). Se antes eram vistos de forma pejorativa, hoje são cada vez mais reconhecidos como espaços de bem-estar e atenção à terceira idade.
Essas questões estarão na pauta do 1º Fórum Nacional das ILPIs Privadas, promovido pelo Núcleo de Residenciais Geriátricos do Sindihospa – Moderna Idade. Em formato 100% on-line, o evento reunirá especialistas de todo o país para discutir os desafios e oportunidades para o setor. Após o encontro, será formulada a Carta de Porto Alegre, com sugestões ao Executivo e Legislativo para qualificar as políticas voltadas para essa população.
Somos os idosos de amanhã. E, se quisermos que nosso futuro seja melhor, devemos começar cuidando bem do agora, com políticas e ações de qualidade para a terceira idade. É missão de todos colocar isso em prática. Não sabemos ainda como será daqui a 10 ou 20 anos. Mas se agirmos já, teremos a certeza de uma vida melhor – para os que nos antecederam e para nós mesmos.
*Henri Siegert Chazan, presidente do Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa)