Tão essencial para os pacientes, a saúde e segurança também é prioridade para as instituições assistenciais. E para discutir as atualizações e estratégias dessa área, foi realizada em Porto Alegre a 1ª Jornada de Saúde e Segurança do Trabalho, nesta sexta-feira (16). O evento foi promovido pelo SINDIHOSPA (Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre).
Mais de 100 pessoas estiveram presentes no evento, que ocorreu no auditório Hugo Gerdau, da Santa Casa de Misericórdia. Na abertura do encontro, que se estendeu ao longo de todo o dia, o presidente do Sindicato, Henri Siegert Chazan, adiantou que outra iniciativa importante para o setor já tem data marcada: o terceiro simulado de desastre coordenado pela instituição, que acontecerá em 1º de março de 2023.
“Será uma atividade essencial para capacitar os serviços de saúde de Porto Alegre, garantindo que estejamos prontos caso um evento dessa natureza aconteça”, destacou Henri. Na última edição, em 2018, foi simulado o desabamento do teto de uma sala de aula, mobilizando mais de 200 pessoas.
A programação foi aberta com o painel “Diretrizes para gestão estratégica do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho”, ministrado à distância por Waléria de Sá Bezerra, do Hospital Albert Einstein. Ela apresentou como é a atuação da instituição nessa área, destacando cinco regras de ouro: “segurança, consciência, adesão, mobilização e comunicação”. A mediação foi de Bruna Wildner, do Hospital Mãe de Deus.
Na sequência, profissionais do Hospital Moinhos de Vento apresentaram as ações desenvolvidas pela saúde do colaborador. “Temos na nossa mão a força produtiva do país. Temos de estar em campo para que ele tenha uma vida saudável e plena”, disse a médica do trabalho Carla von Muhlen, que participou do painel com as Katherine Saibel, gerente de RH, e Alessandra Paiva Vianna, engenheira de segurança do trabalho.
A manhã de atividades foi encerrada com uma discussão sobre o gerenciamento dos riscos psicossociais e preservação da saúde mental. “Não podemos falar de auto cuidado apenas para os outros e não pensar em como estamos fazendo isso com nossa própria vida”, alertou a psicóloga Adriana Reis do Nascimento, da Santa Casa. O painel foi mediado por Desirée Bianchessi, do Hospital de Clínicas.
Infraestrutura e gestão de riscos
À tarde, o evento teve continuidade com a atividade “Infraestrutura hospitalar como fator de segurança”, com a participação do engenheiro Carlos Emílio Marczyk e de Rober Wagner Martins, da Santa Casa. Em seguida, o professor Tarcísio Saurin, da UFRGS, palestrou sobre as novas visões de segurança do trabalho, com a mediação de Marcelo Gravana, engenheiro de segurança do trabalho do Grupo Hospitalar Conceição.
A gestão de riscos biológicos e os EPIs também foram abordados na jornada, com as palestras de Michele Borges, do Hospital Restinga e Extremo-Sul, e Marcia Afonso, do Hospital São Lucas da PUCRS. Encerrando o evento, houve um debate sobre os desafios para implantar e consolidar programas de gerenciamento de riscos. O painel teve as presenças de Pedro Pereira, da RS Data, e Endrigo Mildner, da Santa Casa de Misericórdia.